Governo de Minas paga por 24 horas semanais...
A profissão é diferenciada porque além da carga horária na sala de aula, há a carga horária necessária para o planejamento das aulas, as reuniões promovidas pela escola e a Secretaria de Educação. É evidente que a carga horária é maior do que a entendida pelos governadores e prefeitos.
É uma questão conflitante: O que vivemos na instituição escolar, mais o que aprendemos na universidade e o que as autoridades entendem como vida de professor. É óbvio que aquele professor ou professora que trabalha dois ou três turnos escolares terá comprometido o tempo de planejamento, assim como aqueles que com apenas um turno nada planejam e se escoram no sumário do livro didático.
Tenho que pensar, também, que governadores e prefeitos não fazem planejamento, pois é evidente que a carga horária escolar será aumentada, como está previsto na LDB. Então, o que eles farão? Novos projetos de lei? Novos anexos orçamentários? Esperaremos, mais uma vez, pelo próximo ano?
É tudo tão fácil para o Judiciário e o Legislativo...
Os três poderes e a população devem fazer a reflexão: Quem é o professor? O que deveria ser o professor?
Devem pensar, também, que não dá para despedir grande parte, porque não correspondem às expectativas da profissão.
Devem pensar, também, que não dá para pagar um salário com base na produção (entendam como "salário = pontos conseguidos pelos alunos nas testagens ").
Devem pensar, também, na desigualdade social.
Devem pensar, também, nas diferenças culturais.
E, por favor, não deixem de pensar na qualidade dos administradores das cidades e estados brasileiros eleitos pela população.
Ah, não classifiquem mais a carreira do magistério como "sacerdócio" ou qualquer outra ridícula nomenclatura, mas, apenas "profissão".
É um convite à reflexão.