A Mantiqueira

O pouso das águas...
Tupis ou Jês

A chama consome a lenha
o calor agita o ar
a história é a fumaça.

O riacho e suas pedras
o vento na serra, o horizonte, o azul.
Hoje, apenas nós.

Pedaços do passado...
Felicitações reais!
Os reinos estão por aqui.
Palavras-legados abriram seus quintais.

A chama durou um tempo
o tempo não parou de contar.
Cinzas ao vento.

Na serra ainda verte,
mas não o seu nome,
tempos idos.

Pedaços do passado...
Felicitações reais!
Áureos tempos, tempo de encontrar.
Palavras-legados abriram seus quintais.

A chama consome a lenha...
(lap)


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terça-feira, 15 de novembro de 2011

A Adaptação, a Assimilação, a Acomodação e a Equilibração


A ADAPTAÇÃO, A ASSIMILAÇÃO, A ACOMODAÇÃO E A EQUILIBRAÇÃO
O Conhecimento Cognitivo faz-se por mudanças das estruturas anteriores e consequente construção de novas estruturas mentais.

 Entende-se por Assimilação como sendo um processo mental pelo  qual  se incorporam os  dados das experiências aos esquemas de ação  e aos esquemas existentes. É um movimento de integração do meio no organismo.
Exemplo: “A criança nasce sabendo sugar, pois aprendeu a chupar o próprio dedo (o primeiro ato significador, primeira forma de ação sobre o mundo). Ao começar a mamar, Assimila a experiência anterior (chupar o dedo) aos esquemas de ação (sugar o peito) e aos esquemas existentes (mamar/alimentar-se). É um movimento de integração do meio no organismo”.

O ato de alimentar-se não acontece mais através do cordão umbilical e a interação com o meio ocorre através de um estímulo externo (dar o peito ao recém nascido).

 Entende-se por Acomodação como sendo um processo mental pelo qual os esquemas existentes vão modificar-se em função das experiências do meio. É um movimento do organismo no sentido de se submeter às exigências exteriores, adequando-se ao meio.

Para Piaget pode existir assimilação sem nova acomodação em alguns casos:
“Sem dúvida que pode haver assimilação sem nova acomodação, quando a situação é a mesma e quando só há que compreender coisas já conhecidas e imediatamente assimiláveis...”

Neste caso, a criança aprendeu que o leite sugado sacia a fome e basta-lhe chorar ou ter algum outro procedimento reconhecível pela mãe para que essa lhe dê o peito para se alimenta. A alimentação poderá ocorrer em situações diferentes da habitual, isto é, não como comodamente em casa, mas no automóvel ou andando...

Para Piaget pode existir assimilação com nova acomodação:
“...e, naturalmente,  pode haver assimilação com novas acomodações, em situações não conhecidas até então.” Piaget, in Inhelder, Garcia e Vonèche, op.at., pag.67

Neste caso, novamente, o estímulo externo é dado pela mãe que com o passar do tempo introduz na vida da criança os alimentos sólidos, os quais são amassados para facilitar a degustação da criança que ainda se processa com os movimentos bucais para sugar. Somado ao estímulo do dar o alimento sólido, está o estímulo produzido pelo novo sabor e a nova consistência. O organismo se prepara com os dentes que estão por vir (maturação do organismo) e as novas experiências (os novos alimentos) aliadas aos esquemas existentes (movimento de sugar), com o surgimento dos dentes, produzirá o novo conhecimento que será a “mastigação”.

Quando não há possibilidade de Assimilação Imediata, o esquema  Adapta-se (Acomodação) para se transformar num outro mais adequado e capaz, então, de realizar a Assimilação.
Quando o individuo ainda não conhece aquela realidade (conteúdo, mecanismo, etc.), quando o desafio foi um pouco além de sua capacidade atual, ele se Desequilibra e age, para restabelecer o Equilíbrio. Neste agir, do ponto de vista mental, ocorre o processo de acomodação ou mudança interior e conseqüente construção de novas estruturas mentais. 
Desde a mais tenra idade, nos primeiros dias de vida, quando a criança não tem ainda capacidade de representação, ela já é capaz de atribuir significado, à medida que começa a construir esquemas motores ou de ação. Piaget diz que  a significação é o resultado  da possibilidade de assimilação, chega mesmo a dizer que a Assimilação consiste em conferir significações. Ora, todo o conhecimento, em qualquer nível, desde o mais elementar como nos primeiros dias e meses de vida até o nível físico, consiste  em assimilar o objeto do conhecimento, qualquer que seja a estrutura, conferindo-lhe então significado.

A criança inicia a sua adaptação ao meio através da assimilação.
A significação é o resultado da possibilidade de assimilação.

Chamaremos de Acomodação a variação de um Esquema: se o bebê  procura pegar um cordão amarrado ao teto do seu carrinho e  o cordão está fixado, a criança é obrigada a puxar em vez de pegar simplesmente  e, então, o Esquema de preensão (agarrar ou apanhar) simples é transformado em Esquema de  puxar.

Adaptação intelectual, como qualquer outra, é uma Equilibração progressiva entre um mecanismo Assimilador e uma Acomodação complementar. Só há Adaptação quando existe coerência, logo Assimilação.
Para ocorrer a construção de novas estruturas mentais, a criança necessita de desafios um pouco acima do estágio em que se encontra para, através de seu próprio esforço, atingir um estágio em nível superior.

 •    De acordo com Piaget, o desenvolvimento cognitivo consiste em adaptações às novas observações e experiência.
•    A Adaptação toma duas formas:
–    Assimilação
–    Acomodação

 DESENVOLVIMENTO COGNITIVO – CONCEITOS CHAVE

 •     Organização e adaptação
–     Organização: à medida que aumenta a maturação da criança, elas organizam padrões físicos ou esquemas mentais em sistemas mais complexos.
–      Adaptação: capacidade de adaptar as suas estruturas mentais ou comportamento para se adaptar às exigências do meio.
•     Assimilação e acomodação
–      Assimilação: moldar novas informações para encaixar nos esquemas existentes.
–      Acomodação: mudança nos esquemas existentes pela alteração de antigas formas de pensar ou agir.
•     Processo desenvolvimental
–      Equilibração: tendência para manter as estruturas cognitivas em equilíbrio

sábado, 17 de setembro de 2011

Quem é o professor?

Governo de Minas paga por 24 horas semanais...
A profissão é diferenciada porque além da carga horária na sala de aula, há a carga horária necessária para o planejamento das aulas, as reuniões promovidas pela escola e a Secretaria de Educação. É evidente que a carga horária é maior do que a entendida pelos governadores e prefeitos.
É uma questão conflitante: O que vivemos na instituição escolar, mais o que aprendemos na universidade e o que as autoridades entendem como vida de professor. É óbvio que aquele professor ou professora que trabalha dois ou três turnos escolares terá comprometido o tempo de planejamento, assim como aqueles que com apenas um turno nada planejam e se escoram no sumário do livro didático. 
Tenho que pensar, também, que governadores e prefeitos não fazem planejamento, pois é evidente que a carga  horária escolar será aumentada, como está previsto na LDB. Então, o que eles farão? Novos projetos de lei? Novos anexos orçamentários? Esperaremos, mais uma vez, pelo próximo ano?
É tudo tão fácil para o Judiciário e o Legislativo...
Os três poderes e a população devem fazer a reflexão: Quem é o professor? O que deveria ser o professor?
Devem pensar, também, que não dá para despedir grande parte, porque não correspondem às expectativas da profissão.
Devem pensar, também, que não dá para pagar um salário com base na produção (entendam como "salário = pontos conseguidos pelos alunos nas testagens ").
Devem pensar, também, na desigualdade social.
Devem pensar, também,  nas diferenças culturais.
E, por favor, não deixem de pensar na qualidade dos administradores das cidades e estados brasileiros eleitos pela população.
Ah, não classifiquem mais a carreira do magistério como "sacerdócio" ou qualquer outra ridícula nomenclatura, mas, apenas "profissão".
É um convite à reflexão.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

PEM ☀ Pulso eletromagnético ☀ Desprogramando a mente

PEM ☀ Pulso eletromagnético ☀ Desprogramando a mente: "'Afirmo que a Verdade é uma terra sem caminho. O homem não pode atingi-la por intermédio de nenhuma organização, de nenhum credo (…) Tem de encontrá-la através do espelho do relacionamento, através da compreensão dos conteúdos da sua própria mente, através da observação. (…)'

~Jiddu Krishnamurti (Discurso da Dissolução, 3 de agosto de 1929)"

domingo, 10 de abril de 2011

O julgamento da ADI 4167


Valorização do professor
Piso salarial do magistério é constitucional, diz o Supremo
Quinta-feira, 07 de abril de 2011 - 11:10
O Supremo Tribunal Federal (STF) considera constitucional o piso salarial nacional do magistério, atualmente de R$ 1.187,14. A decisão da Corte, tomada na tarde de quarta-feira, 6, decorre da análise da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 4.167, ajuizada em outubro de 2008 pelos governos do Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Ceará.

Por oito votos a um, o Supremo considerou a constitucionalidade da lei e manteve o entendimento de que o valor deve ser considerado como vencimento básico. A Lei nº 11.738, de 16 de julho de 2008 (Lei do Piso), prevê a adaptação gradual de estados e municípios à remuneração do professores, além de suplementação da União, em caso de necessidade.
 

Dos 5.565 municípios brasileiros, 29 pediram a suplementação em 2009 e 40, em 2010. Para este ano, a previsão orçamentária da União destina R$ 800 milhões à suplementação. Os argumentos a favor da constitucionalidade foram apresentados ao STF pelo advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, durante o julgamento.

Outra cláusula da
 Lei do Piso a ser submetida a julgamento do Supremo é  o parágrafo 4º do artigo 2º — determina o cumprimento de no máximo dois terços da carga horária do magistério em atividades em sala de aula: “§ 4º  Na composição da jornada de trabalho, observar-se-á o limite máximo de 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os educandos.” Na análise de quarta-feira, não houve quorum necessário de seis votos para a declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade da norma.

Assessoria de Comunicação Social

domingo, 20 de fevereiro de 2011


O fim da reprovação

19 de fevereiro de 2011 | 23h 42
Depois de intenso debate travado entre 2009 e 2010, inclusive com a realização de audiências públicas em São Paulo, Salvador e Distrito Federal, o Conselho Nacional de Educação tomou a decisão de recomendar "fortemente" a todas escolas públicas, privadas e confessionais a substituição do sistema seriado - que permite a reprovação em todas as séries do ensino fundamental - por um "ciclo de alfabetização e letramento", em que os alunos são submetidos ao regime de progressão continuada, durante os três primeiros anos - ou seja, no período em que aprendem a ler e a escrever.
Para o CNE, o princípio da continuidade - especialmente na fase de alfabetização - traz mais benefícios para os alunos do que a chamada "cultura da reprovação". A medida, que não tem caráter de lei e é objeto de acirrada polêmica entre os pedagogos, foi homologada no final do governo Lula pelo ministro da Educação, Fernando Haddad. Com isso, os diretores de todas as escolas do País ganharam liberdade para decidir se continuarão reprovando alunos nos três primeiros anos do ensino fundamental ou se adotarão a recomendação do CNE.
O ensino fundamental tem 31 milhões de alunos estudando em 152 mil escolas, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Desse total, aproximadamente dez milhões estão matriculados nos três primeiros anos desse ciclo. Em 2009, a taxa de reprovação desses dez milhões de alunos foi de 5,1%. O índice é considerado alto pelos especialistas em pedagogia.
"Isso mostra que, de cada cem crianças, cinco ainda são reprovadas logo que ingressam na escola. As pesquisas apontam que, se o aluno é reprovado nessa fase, dificilmente terá sucesso. A recomendação do CNE é para garantir que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos" - diz a secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda. "A reprovação no ensino fundamental devia ser zero", afirma o professor da USP Ocimar Alavarsi, que coordenou a rede municipal de São Paulo, entre 1995 e 2008.
Vários professores também entendem que, na faixa etária dos 6 aos 8 anos, as crianças têm ritmos diferentes de aprendizagem e que reprovação logo no início do curso compromete o rendimento da alfabetização - o que desestimula as crianças, levando-as a abandonar a escola. No Norte e Nordeste, as regiões mais pobres do País, as altas taxas de evasão escolar têm sido atribuídas aos altos índices de reprovação nos anos iniciais do ensino básico. Segundo os defensores das diretrizes recomendadas pelo CNE, com a adoção do regime de progressão continuada nas três primeiras séries os professores podem avaliar cada criança e os alunos só podem ser reprovados no final do terceiro ano.
Para os críticos dessa política, a substituição da reprovação pelo regime da progressão continuada seria uma estratégia eficaz se as classes fossem pequenas, se os professores estivessem motivados e as escolas contassem com projetos pedagógicos realistas. "Na prática, porém, as escolas têm salas superlotadas, as aulas de reforço são dadas por voluntários, os professores têm pouquíssimo tempo para planejar aulas e as condições de trabalho são ruins. A sensação é que a proposta (do CNE) não foi feita por quem conhece o dia a dia das escolas" - diz Susana Gutierrez, coordenadora do Sindicato Estadual de Profissionais da Educação do Rio de Janeiro. Sem reformar o currículo e investir nos professores, "as crianças que não aprendem com o sistema seriado também não aprenderão no Ciclo de Alfabetização e Letramento", afirma Cláudia Fernandes, coordenadora do mestrado em educação da UniRio.
Aperfeiçoar o ensino fundamental é decisivo para que o país possa promover a revolução educacional. No entanto, a simples adoção da progressão continuada, nos termos em que foi proposta pelo CNE e pelo MEC - sem expansão da rede escolar e sem a modernização dos currículos - não garante melhor alfabetização nem aumento da qualidade da educação.

domingo, 2 de janeiro de 2011

As mandalas coloridas das crianças do quarto e quinto ano - 3

As mandalas coloridas das crianças do quarto e quinto ano - 2

O trabalho com as mandalas possibilitou desenvolver habilidades básicas nos alunos e alunas para o uso do compasso, da régua e do transferidor, mantendo um diálogo entre a geometria, as operações (complementares) da divisão e da multiplicação, a educação artística e a sensibilidade.
Para mim, uma oportunidade de facilitar a aprendizagem de conceitos, procedimentos e atitudes através de uma atividade que resultará na edição de um livrinho para a biblioteca da escola. E, talvez, isso criou o espírito cooperativo e responsável nas crianças.
Declarações de satisfação pelo trabalho, a troca de elogios e o desenvolvimento da criatividade foram os primeiros resultados com esse grupo que integra uma sala multisseriada de 4º e 5º anos na Escola Municipal Arcanjo Miguel no último bimestre escolar do ano letivo de 2010.
O possível desenvolvimento para o ano de 2011 será aprofundar o estudo das formas geométricas a partir da circunferência e, também, a interferência no espaço externo.