A Mantiqueira

O pouso das águas...
Tupis ou Jês

A chama consome a lenha
o calor agita o ar
a história é a fumaça.

O riacho e suas pedras
o vento na serra, o horizonte, o azul.
Hoje, apenas nós.

Pedaços do passado...
Felicitações reais!
Os reinos estão por aqui.
Palavras-legados abriram seus quintais.

A chama durou um tempo
o tempo não parou de contar.
Cinzas ao vento.

Na serra ainda verte,
mas não o seu nome,
tempos idos.

Pedaços do passado...
Felicitações reais!
Áureos tempos, tempo de encontrar.
Palavras-legados abriram seus quintais.

A chama consome a lenha...
(lap)


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sábado, 25 de setembro de 2010

lapmantiqueira: Missões?

lapmantiqueira: Missões?: "Sou ignorante no assunto “jocumeiro” e confesso que gostei da crítica à indústria evangélica. Mas, a palavra “missões” ainda me causa a dúvi..."

Missões?

Sou ignorante no assunto “jocumeiro” e confesso que gostei da crítica à indústria evangélica. Mas, a palavra “missões” ainda me causa a dúvida por ser uma prática que, infelizmente, persiste no mundo que é herança da catequese jesuíta, seguida por muitos segmentos religiosos opostos, mas partidários de um cristo com letra minúscula, e levada aos povos indígenas. Creio, ainda, que deixar os povos indígenas com o direito de dar os próprios passos da evolução seja o melhor para eles, e, creiam, eles são capazes; . Quem vai em nome de deus, vai em próprio nome, apenas, esquecendo que “longo é o caminho e estreita as passagens”, “os mansos herdarão um planeta sem impérios”, bem aventurados são os pobres de espírito e os pacificadores, desde que não haja relação de semelhança entre pobres de espírito e ignorância. Não se trata de cruzar os braços, mas é melhor que os povos indígenas sigam o curso de sua própria história. Vamos cuidar, sim,  das diferenças de acesso aos bens culturais produzidos pela humanidade e a dificuldade que grande parte da população brasileira tem em “conhecê-los”, “entendê-los” e partilharem.
É importante entender o êxodo rural nas pequenas cidades próximas das três grandes capitais brasileiras e a consequente extinção de práticas que mantiveram a existência de vários tipos de sementes, que com o êxodo dos mais jovens, já não existem mais. Praticamos o nosso próprio crime diário em nome de um deus, com letra minúscula, porque é nosso, é particular, pois as intenções são particulares mesmo fazendo parte de um grupo.

sábado, 4 de setembro de 2010

Meio ambiente: zero!

Aiuruoca e cidades vizinhas em chamas!
Dramático. Ninguém ouviu falar em aquecimento ou derretimento?
As pessoas não estão acreditando. Emoção somente na hora do jornal, quanta dor provoca a locução segura do âncora nos lares ou nos bares. 
Brindem! 
Os copos de cerveja na sexta à noite com os amigos e as amigas após o expediente, na boca do feriado. Aí, o senso crítico na ponta da língua, quem sabe dure até enfrentar o metrô e o ônibus lotado ou num deslize no trânsito...
Viva a tradição!
Enquanto isso, o verde vira cinza, o nariz arde e os telejornais anunciam a baixa umidade do ar. Pânico nos hospitais sem vagas do SUS, não adianta insistir... -Tem plano de saúde? Atendimento imediato!
A La ninã é a culpada, não o inocente que ateou o fogo.
Ouviram o som de algum músico maluco no meio do mato? Quem sabe, no alto da montanha sorrindo pela obra? 
Quem escutou o som das águas descendo as montanhas e sentiu seu frescor ou dos microclimas no interior das matas, não se conforma com a incredulidade de muitos. E a nave Gaia agoniza.

lap