A Mantiqueira

O pouso das águas...
Tupis ou Jês

A chama consome a lenha
o calor agita o ar
a história é a fumaça.

O riacho e suas pedras
o vento na serra, o horizonte, o azul.
Hoje, apenas nós.

Pedaços do passado...
Felicitações reais!
Os reinos estão por aqui.
Palavras-legados abriram seus quintais.

A chama durou um tempo
o tempo não parou de contar.
Cinzas ao vento.

Na serra ainda verte,
mas não o seu nome,
tempos idos.

Pedaços do passado...
Felicitações reais!
Áureos tempos, tempo de encontrar.
Palavras-legados abriram seus quintais.

A chama consome a lenha...
(lap)


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sábado, 4 de setembro de 2010

Meio ambiente: zero!

Aiuruoca e cidades vizinhas em chamas!
Dramático. Ninguém ouviu falar em aquecimento ou derretimento?
As pessoas não estão acreditando. Emoção somente na hora do jornal, quanta dor provoca a locução segura do âncora nos lares ou nos bares. 
Brindem! 
Os copos de cerveja na sexta à noite com os amigos e as amigas após o expediente, na boca do feriado. Aí, o senso crítico na ponta da língua, quem sabe dure até enfrentar o metrô e o ônibus lotado ou num deslize no trânsito...
Viva a tradição!
Enquanto isso, o verde vira cinza, o nariz arde e os telejornais anunciam a baixa umidade do ar. Pânico nos hospitais sem vagas do SUS, não adianta insistir... -Tem plano de saúde? Atendimento imediato!
A La ninã é a culpada, não o inocente que ateou o fogo.
Ouviram o som de algum músico maluco no meio do mato? Quem sabe, no alto da montanha sorrindo pela obra? 
Quem escutou o som das águas descendo as montanhas e sentiu seu frescor ou dos microclimas no interior das matas, não se conforma com a incredulidade de muitos. E a nave Gaia agoniza.

lap


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